O século XIX incorpora as idéias calcadas no racionalismo da Gramática de Port-Royal e inaugura o estudo das línguas vivas na comparação com outras línguas. Tal movimento (histórico-comparativo) dá origem ao método histórico das gramáticas comparadas e à lingüística histórica.
- O comparatismo: Os comparatistas defendiam a possibilidade de existência de uma língua-mãe que tivesse dado origem a todas as outras. Por meio de comparações entre determinados elementos da língua Sânscrito e os elementos do latim e do grego, traçavam algumas semelhanças entre eles, construindo a hipótese de terem uma mesma origem.
Acreditava-se na língua como um organismo vivo, o qual nasce, cresce e morre.
Para os comparatistas a língua era um “fim”, não era um meio, mas a expressão do próprio ser humano. A língua daria a possibilidade de existência do indivíduo.
O trabalho dos comparatistas consistia em procurar semelhanças entre as línguas. Exemplo: Noite (português) – Nacht (Alemão) – Notte (Italiano) – Night (Inglês). ---- Comparação entre elementos gramaticais.
- Neogramáticos: Os neogramáticos procuravam dar explicações históricas para o fato da língua se transformar com o tempo.
Tais estudos defendem, sobretudo, o caráter transformacional da linguagem.
Para os neogramáticos, as mudanças da língua não têm a ver com o fato de ser um instrumento de comunicação, mas sim com elementos de ordem interna a ela.
Com a influência do positivismo, toma-se como pressuposto que tais mudanças devem ser explicadas cientificamente e de forma “positiva”, isto é, as explicações têm de ser objetivas.
Defende-se que não há outra explicação para as transformações da língua senão a histórica.
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