segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O século XIX incorpora as idéias calcadas no racionalismo da Gramática de Port-Royal e inaugura o estudo das línguas vivas na comparação com outras línguas. Tal movimento (histórico-comparativo) dá origem ao método histórico das gramáticas comparadas e à lingüística histórica.

Assim, esta última ramifica-se em duas outras escolas:

- O comparatismo: Os comparatistas defendiam a possibilidade de existência de uma língua-mãe que tivesse dado origem a todas as outras. Por meio de comparações entre determinados elementos da língua Sânscrito e os elementos do latim e do grego, traçavam algumas semelhanças entre eles, construindo a hipótese de terem uma mesma origem.

Acreditava-se na língua como um organismo vivo, o qual nasce, cresce e morre.

Para os comparatistas a língua era um “fim”, não era um meio, mas a expressão do próprio ser humano. A língua daria a possibilidade de existência do indivíduo.

O trabalho dos comparatistas consistia em procurar semelhanças entre as línguas. Exemplo: Noite (português) – Nacht (Alemão) – Notte (Italiano) – Night (Inglês). ---- Comparação entre elementos gramaticais.


- Neogramáticos: Os neogramáticos procuravam dar explicações históricas para o fato da língua se transformar com o tempo.

Tais estudos defendem, sobretudo, o caráter transformacional da linguagem.

Para os neogramáticos, as mudanças da língua não têm a ver com o fato de ser um instrumento de comunicação, mas sim com elementos de ordem interna a ela.

Com a influência do positivismo, toma-se como pressuposto que tais mudanças devem ser explicadas cientificamente e de forma “positiva”, isto é, as explicações têm de ser objetivas.

Defende-se que não há outra explicação para as transformações da língua senão a histórica.

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